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segunda-feira, 5 de maio de 2014

O mapa mais preocupante da Europa: o desemprego.

O Eurostat divulgou os dados do referentes a março. Portugal é o terceiro país com mais desemprego. A Áustria tem a taxa mais baixa com 4,7%.

(Fonte: Dinheiro Vivo)

domingo, 4 de maio de 2014

Crise provoca corrida aos psicanalistas na Espanha.

População recorre à terapia para lidar com queda no padrão de vida.

MADRI — Sem trabalho, com uma ordem de despejo, dois filhos para manter, as consequências de uma separação para administrar e o temor de que o ex-marido tente, novamente, o suicídio, Marta procurou uma psicanalista e pediu socorro. Como não tinha dinheiro para as sessões, contou seu drama e ofereceu, em troca do tratamento, seu serviços de contadora, cuidando, entre outras coisas, da declaração do Imposto de Renda da terapeuta. Marta, assim como o ex-marido, arquiteto, que vem sendo atendido pelos serviços de saúde pública, nunca tinha pensado na possibilidade de, um dia, entrar no consultório de um psicólogo, que, até pouco tempo, era chamado pelos espanhóis de loquero (“que trata loucos”). Se consideravam, conta Marta, “gente com as ideias claras e com a vida resolvida”. Mas o caso dela não é isolado. A mudança de perspectiva é geral. Nestes cinco anos de crise econômica, os consultórios encheram.
— Eu tinha tudo. Sempre fui de classe média. Carro, hipoteca, viagem de férias, família feliz. De um dia para o outro nossa vida começou a desabar como um castelo de areia. Como não consigo achar uma solução, procurei ajuda para, pelo menos, saber lidar com a catástrofe em que se transformou a minha vida. Hoje não tenho nada e, se não fosse por meus pais e por minha irmã, não teria nem como dar de comer às crianças — conta Marta (nome falso), que exige anonimato.
Sentimento de culpa e vergonha
Um denominador comum entre as pessoas que foram empurradas pela crise econômica a bater à porta de consultórios psiquiátricos é a sensação de que perderam o controle sobre suas vidas. Por mais esforço que façam para encontrar trabalho ou não perder suas casas, nada muda o curso dos acontecimentos. A magnitude do problema é tal, afirma o psicanalista e psiquiatra Josep Moya Ollé, coordenador do Observatório de Saúde Mental da Catalunha, que o modelo de intervenção deve mudar urgentemente. Moya avalia que os atendimentos individualizados não estão dando resultado, e os profissionais devem organizar reuniões de ajuda mútua e terapias em grupo no seio da própria sociedade, dentro de centros cívicos, porque se está criando na Espanha uma perigosa situação de isolamento social.
— Há pacientes que dizem que não saem na rua para evitar cruzar com pessoas conhecidas, que se negam a cumprimentá-los, porque estão em uma situação muito precária e deixaram de ter o que tinham. Neste aspecto não podemos culpar Bruxelas ou Wall Street. Este é um problema nosso. A própria sociedade gera este estigma — explica Moya.
O panorama é desolador por onde quer que se olhe: 6,2 milhões de desempregados (uma assustadora taxa de 27%); 10% das residências com todos os seus membros sem trabalho; 513 despejos por dia; mais de 11 milhões de espanhóis (dos 47 milhões) abaixo da linha de pobreza; 26,5% dos menores de 16 anos em risco de exclusão social. Cifras alarmantes que se traduzem em dramas pessoais, marcados por uma culpa irracional.
— Muitos pacientes se perguntam “O que fiz de mal?”, “Onde foi que eu errei?”, “Por que meus filhos vão ter condições de vida piores do que as minhas?”. Uma pessoa pode errar mais ou errar menos, mas há algo que está claro: nenhuma delas provocou esta crise, embora sofram com ela — afirma Moya.
Ao sentimento de culpa se une a vergonha, que torna silencioso o empobrecimento da classe média. As pessoas não falam sobre o naufrágio de suas vidas, e tentam justificar suas atitudes inventando desculpas que ocultam a verdadeira razão, que é a falta de dinheiro. Mudam o filho do colégio particular para o público porque não estavam de acordo com os métodos de ensino; negam-se a pagar taxas extras de condomínio porque as acham absurdas; deixam o carro indefinidamente na oficina mecânica porque andam muito ocupados. Uma luta interna (e externa) vivida por uma boa fatia da população para enfrentar o paradoxo de não ter como consumir em uma sociedade de consumo: algumas estatísticas apontam que cerca de 13 milhões de pessoas que eram parte da classe média espanhola, já não podem se considerar como tal.
— Entre nossos pacientes há pessoas que nunca usaram os serviços públicos, mas, de repente, caíram em uma situação de precariedade tão absoluta que se viram obrigados a comer em “sopões”. Empresários, inclusive. Há gente que se sente tão envergonhada de fazer fila na rua para conseguir um prato de comida que acaba enfrentando sérias dificuldades para se alimentar. Sentem-se observados e preocupados com a imagem diante das outras pessoas — conta Ernolando Parra, coordenador do programa de atendimento gratuito “Tempos de crise”, oferecido pela ONG Psicólogos Sem Fronteiras.
Apoio gratuito aos despejados
 O projeto “Tempos de crise” nasceu para dar apoio aos despejados, um dos maiores dramas atualmente no país: famílias que perdem suas casas por não pagar a hipoteca. Como a entrega do imóvel ao banco não se traduz na quitação da dívida, e a inadimplência gera multas superiores a 20%, espanhóis se veem sem dinheiro, sem ter onde morar, com o nome sujo e com a ameaça de embargo de salário caso consigam, finalmente, um emprego.
— Atendemos pessoas extremamente angustiadas, em casa e com dívidas gigantescas que, com as sessões, acabam vendo que o valor é tão alto que não tem sentido gastar energia pensando em como pagá-lo. Passam a direcionar suas forças a tentar sobreviver, a encontrar uma solução imediata de alojamento, e a cuidar de seus filhos da melhor maneira possível. Sabem que terão que viver da economia informal e que mesmo sendo empreendedores, jamais poderão montar um negócio — diz Parra. — O custo da dívida não é só econômico. É social.
(Fonte: O Globo)

sábado, 3 de maio de 2014

Desemprego na Grécia chega a 27% e a 64,2% entre jovens em fevereiro.

Atenas – O desemprego alcançou em fevereiro 27% da população ativa da Grécia e, no caso dos jovens, 64,2%, informou nesta quinta-feira o escritório de estatística Elstat. Em janeiro, foi anunciado que o desemprego chegaria a 27,2%, mas o Elstat revisou o dado e o fixou em 26,7%.
O desemprego de fevereiro representa um aumento de pouco mais de 5% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando foi de 21,9%. Quanto ao desemprego juvenil entre os menores de 25 anos, o novo número representa umrecorde histórico, cinco pontos percentuais acima da taxa de desemprego de janeiro (59,3%) e dez acima da de fevereiro de 2012 (54,1%). Na faixa de idade de 25 a 34 anos o desemprego chega a 36,2%.
Outro dado relevante é que a falta de trabalho afeta mais as mulheres (31%) que os homens (24,1%). O Ministério do Trabalho da Grécia informou ontem que o número de novos contratos superou em quase 30% de postos de trabalho perdidos em abril.
No entanto, o principal partido da oposição, o esquerdista Syriza, acusou o Ministério de maquiar as estatísticas pois, segundo disse, computa como novos contratos os que se renovam aos empregados temporários.
 Além disso, segundo dados do próprio Ministério do Trabalho, dos 3,6 milhões de pessoas que atualmente trabalham na Grécia, cerca de 400 mil não cobraram nos últimos meses pelos problemas financeiros de suas empresas. Cerca de 450 mil famílias em todo o país estão com todos os membros desempregados.
 (Fonte: Rede Brasil Atual)

sexta-feira, 2 de maio de 2014

Ainda somos a "Geração Coca-Cola"?

"Quando nascemos fomos programados a receber de vocês, nos empurraram com os enlatados de USA, de 9 às 6, desde pequenos nós comemos lixo, comercial, industrial" [...], já previa Renato Russo. O mundo em que hoje vivemos não difere dos ditos dos cantores de anos atrás.

("Até bem pouco tempo atrás poderíamos mudar o mundo. Quem roubou nossa coragem? Tudo é dor, e toda dor vem do desejo de não sentimos dor." - Renato Russo)

Na atual conjuntura, as pessoas, desde crianças, adquirem modelos da sociedade capitalista. Já nascem em um meio de consumo exagerado e desnecessário no qual se aprende inconscientemente a ilusão de que o ter gera felicidade.
De acordo com uma pesquisa feita pelo Instituto Alana (ONG de Assistência Social) e IBGE (censo), cerca de 22% da população são crianças até 10 anos e 28% até 14 anos, estas, donas de uma média de 50 bilhões de reais quando o assunto é movimentação de mercado (Instituto Alana, 2013, SP). “O consumo nesta fase da vida, até os 12 anos de idade, é estimulado em primeiro lugar pela publicidade na televisão, seguido pelo uso de personagens famosos que fazem parte do imaginário infantil e pela embalagem dos produtos", afirma a advogada e coordenadora do projeto "Criança e Consumo", Isabela Henriques.
Não é somente por "falta de pulso" dos pais que hoje existe a questão de serem as crianças uma das parcelas mais altas em estímulo ao consumo, publicidade e cinema que também fazem parte dos meios de mais forte influência. Exemplo disso são os comerciais destinados à crianças que geralmente são exibidos em canais e horários específicos para esse tipo de telespectador.
"Inocentes" animações cinematográficas viram armas para quem não sabe enxergá-las de forma crítica, situações comuns de filmes são observadas e absorvidas de forma fácil, levando em conta a facilidade de transmissão de suas mensagens, já que o filme é destinado ao público infantil. Toy Story (Pixar, 1995) é uma das animações que podemos citar, pois trata de forma abrangente vários contextos nos quais crianças estão inseridas em um mundo de muitos brinquedos, passeios em ambientes propícios ao consumo excessivo (shoppings, lotados de redes de fast food), assistindo comerciais de TV falando sobre a necessidade de ter "esse" ou "aquele" brinquedo etc.
São inúmeras as causas pelas quais estimulam as crianças e jovens de hoje ao consumismo, cabe aos pais e a escola proporcionarem formas para ensinar o valor do dinheiro e o quão é importante ter consciência de que o ter não faz ninguém melhor. Quem sabe assim, será possível fazer valer os versos do grande poeta, "vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês" já que somos "o futuro da nação".
Portanto, leitor jovem como eu, será que o conteúdo da música Geração coca-cola, lançado em 1984 , ainda mexe com os jovens atuais ou serve para ações intimidativas e transformadoras na sociedade atual? Será que de fato estamos agindo como agentes históricos que usam seu "título de rebeldia" em benefício de um mundo mais agradável? Os jovens precisam mudar e assim interferir no mundo de forma a torná-lo um lugar melhor. Precisamos sonhar, se não as coisas não ganham corpo e força...

Texto por: Náyade Dessiree.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

A Magia do Império – Ginha Nader.


Um livro curioso e até interessante, mas não uma leitura obrigatória para quem deseja conhecer o cinema de animação (desenhos animados) muito além da tela, criticamente falando.
É o tipo de trabalho que deve ser visto pelo viés turístico ou pelo estudioso(acadêmico) de turismo. Trata de enaltecer e engrandecer uma característica marcante no discurso ideológico capitalista das décadas de 1990 e 2000:empreendedorismo.
Vale destacar (e questionar) o usuário do blog que for efetivar a leitura do livro que a obra em si é usada e indicada em cursos que ensinam a manipular e manter o sistema do capital e perpetuar seus valores - como administração, marketing, gestão de pessoas entre outros - tão procuradas por jovens na atualidade.
Considerada a obra mais completa do gênero já editada no Brasil, e com a EDITORA SENAC tinha como objetivo de permitir que profissionais pudessemcompreender melhor a história de Walt Disney e seus empreendimentos. Enfim, vale ser lido com um olhar que busque a história do desenho animado nos EUA mas não esgota o enorme conteúdo existente sobre essa categoria da sétima arte.