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sexta-feira, 31 de julho de 2015

Berlusconi is Magic

Dados técnicos:
Diretor: Andrea Zingoni e Joshua Heldi
Produtor: Andrea Zingoni e Joshua Heldi
 País: Itália.
Ano – 2010.

Tempo – 00: 02: 41.

Essa animação é muito legal e divertida e com certeza você irá rir bastante, mas não estranhe o título dela e a referencia ao nome do ex-primeiro ministro da Itália Silvio Berlusconi. Andrea e Joshua  usam o entretenimento (lazer) para se posicionar – e posicionar os outros – diante das questões sociais do país (Itália). O personagem central da animação faz de tudo e se vira pra atender todos os desejos e vontades, tanto que ele vai se metamorfoseando sempre e incorporando outros personagens de acordo com os momentos.
Aí sugerimos que você pesquise e leia um pouco sobre esse personagem da política italiana e entender o sentido que a desenhista e cartunista Andrea Zingoni faz das ações políticas do ex-primeiro ministro Berlusconi. Para isso você pode ler ou dar uma olhada no g1.globo.com/online na matéria Berlusconi é condenado por corrupção de senador em 2006”. 
Novamente vale um esforço de olhar além da tela pra poder enxergar muito além do entretenimento.

A ponte (Bridge)

Dados técnicos:
Diretor: Ting Chian Tey
Produtor: (Brian Schirmer) Academy of Art University
 País: Estados Unidos.
Ano – 2010.

Tempo – 00: 02: 23.

De repente quatro animais tentam atravessar uma mesma ponte ao mesmo tempo e percebem-se como obstáculos uns aos outros. Aí as desavenças evitáveis tornam-se inevitáveis pois ninguém quer ceder. Mas algumas vezes é preciso ceder e essa animação que é bem legal nos passa essa mensagem necessária nos dias de hoje. Humildade e gentileza são fundamentais nos dias atuais. Quem sabe seu olhar além da tela possa enxergar outras coisas também interessantes? 

segunda-feira, 27 de julho de 2015

EINE MURUL (BREAKFAST ON THE GRASS)

Dados técnicos:
Diretor: Priit Pärn e Miljard Kilk
Produtor: Priit Pärn e Miljard Kilk.
País – Estônia.
Ano – 1987.

Tempo – 00:24:54.


A animação que vocês verão a seguir é bem diferente de outros estilos que conhecemos,  principalmente as do circuito comercial  com  autores e produtores de renome internacional e um tanto quanto popularizados.  Mais uma vez postamos um vídeo do renomado animador Prit Pärn produzida em 1987 quando todos os países do Leste Europeu aliados da União Soviética  estavam vivendo uma crise política e econômica com reflexos nas relações sociais entre os indivíduos. É sobre isso que esse trata de forma bem sarcástica, com abordagem ácida e por vezes até irônica.
O que veremos são justamente esses reflexos sociais através das ações da personagem Eine Murul: os personagens principais aparecem em alguns locais de compras como  supermercados, feiras livres (públicas) e mercado negro de alimentos...
Noutra cena envolvendo o personagem Giorge são mostradas as reviravoltas  que ocorrem em sua vida calma, tranqüila, cheias de benefícios materiais que em dado momento são modificadas com a tempestade de mudanças no regime  que entra pela sua janela.
Na descrição de vida da personagem Bertha o olhar filosófico é bem trabalhado e profundo. Em dado momento ela se perde (sua identidade) mas depois a reencontra com expressão diferente...
O personagem Eduard também é mostrado de forma interessante pois ele é maior que outros, autoritário e arrogante. Até que as mudanças vão ocorrendo e ele vai ficando do tamanho dos outros ou menor – seria as mudanças sociais e políticas refletindo sua importância no sistema? – até ser auxiliado por uma mulher com acesso aos poderes políticos. Entendemos como  crítica dura a burocracia e política (pura)! Por fim o caminho até a liberdade apesar de tudo...
Vemos também dois tipos de indivíduos: o que representam o sofrimento no sistema e os que o aceita sem muita reflexão e até com ironia com o diferente.
O interessante da crítica é que todos estão ‘presos’ (ao regime ) e estereotipados enquanto indivíduos em todos os setores em que trabalham, produzem e se relacionam.  
Assistam com calma, atenção e reflexão. 


quinta-feira, 23 de julho de 2015

PRIIT PÄRN



Priit Pärn (Fonte: EstoniaWorldonline)

O animador Priit Pärn nasceu em agosto de 1946 na cidade de Tallinn na Estônia e viveu boa parte de sua vida na União Soviética. No período em que estudou e se formou na Estônia – uma das 15 repúblicas da URSS – procurou desenvolver suas habilidades e qualidades intelectuais e artísticas que foram despertadas (e aforadas) a partir dos 28 anos – até então ele eram um biólogo com especialização em botânica – quando recebeu o convite de Rein Raamat para ajudar na construção do filme, “Kilplased” (1974), e a partir de então foi uma questão de tempo enquanto foi crescendo nessa nova fase e talento pessoal para,  em 31 anos, lançar o filme “Kas maakera on ümmargune?” (“A Terra é Redonda?”) que foi sua  primeira obra nessa categoria da sétima arte.
Sua característica é marcada originalidade, humor afiado e uma singularidade na estética
Participou pela primeira vez do famoso Festival Internacional de Animação – ANIMAMUNDI no Brasil -  em 1999 quando os organizadores fizeram uma retrospectiva da Estônia e só retornando ao mesmo festival 10 anos depois.
Priit Pärn ampliou seu leque de produções muito além dos filmes e chegando até aos comerciais que inclusive ganharam prêmios no Festival de Cannes. Além disso ganhou prêmios com  International Animated Film Association e a KROK International Animated Film Festival, e somem a isso  outras 76 condecorações.  Um último aspecto interessante da sua carreira e vida pessoal é o fato de procurar  realizar parcerias animadas com sua esposa Olga Pärn que já rendeu a ambos  premiações belíssimas que viajam por países participando de competições internacionais de alto nível. Caso o leitor queira conhecer um pouco mais sobre a academia que “gerou” essa artista acessem alguns sites como www.artun.ee/en/admissions/exchange/  ou www.studyinestonia.ee/estonian-academy-arts. É ir lá e conferir... (Fonte: ARTUNONLINE, 2015; CATÁLOGO ANIMAMUNDI, 2011) 

                                        Dica de vídeo: Prin Pärn Ja teeb trikke 1978  






domingo, 19 de julho de 2015

HEIMATLAND

Dados técnicos:
Diretor: Fabio Friedli, Marius Portman, Loretta Arnold, Andrea Schneider
Produtor: Hochschule Luzern Design&Kunst, Studienbereich Animation.
País – Suiça.
Ano – 2010.
Tempo – 00:06:30.




O vídeo que você vai assistir é bem legal e toca em algumas questões do nosso cotidiano. A música também é muito legal e de até certo ponto a ser conhecida de nós que já vimos outras animações europeias ou mesmo aquelas de canais abertos de nossa TV. Atentem para os hábitos diários do personagem principal e de como ele é ‘grudado’ aos mesmos ritmos e costumes diários desde o simples café da manhã as outras atividades. Contudo quando um vizinho de outro país chega seu mundo vira de cabeça pra baixo fazendo com que esse feliz patriota suíço comece a se incomodar  com todas as ações do novo homem, isso sem contar que muita coisa criada pelo seu pensamento vem carregado de seu patriotismo exagerado, delirante e até xenófobo – sua xenofobia o trai. Apesar desses aspectos é uma animação bem legal e engraçada que merece ser vista por diversão e incremento cultural.

sábado, 18 de julho de 2015

Era Uma Vez...O Homem (Episódio 04 – Os vales férteis)

Dados técnicos:
Diretor/Produtor – Albert Barillé
País – Espanha.
Ano – 1997-1998.
Tempo – 00:25:35.





Novamente apresentamos mais um vídeo da coleção “O homem e sua grande aventura” que como dissemos em outras postagens é um material visual  de extrema qualidade educativa, didática e cultural. Nesse vídeo vocês verão explicações bem humoradas sobre o nascimento das primeiras civilizações as margens dos grandes rios como o Nilo (na África), o Ganges (na Índia), o Amarelo (na Ásia) os Tigre e o Eufrates (no Oriente Médio).  Legal destacar que as primeiras comunidades humanas tiveram que superar as contradições e os contratempos promovidos pela natureza para inventar coisas que melhorassem suas vidas e fizessem com seus pares sobrevivessem. Cabe destacar também como o controle das cheias de alguns dos rios fez com que a economia e a política fossem administradas (ou manipuladas) por reis ou faraós. Mas o vídeo não fica só nisso ele ainda enfatiza os detalhes culturais e religiosos...

quinta-feira, 9 de julho de 2015

No fim do mundo (At the Ends of the Earth)

Dados técnicos:
Diretor/Produtor – Konstantin E. Bronzit
País – Rússia.
Ano – 1999.
Tempo – 00: 08:01



Título bem apropriado para o ano e a transição dos séculos XX ao XXI. Que desenho intrigante e que  incomoda o telespectador frente a alguns costumes antigos e modernos na Rússia. Mas não se iluda com o título pois não trata do fim do mundo e sim modos de vida no fim do mundo. Ou melhor,  em algum lugar  talvez e bem distante e onde a modernidade também chega. Ao assistir temos muito o que pensar e interpretar e falar... e muito pra rir. Recebeu o prêmio Especial do Júri do Festival de Annecy em 1999. 

Konstantin Eduárdovich Bronzit é um animador russo nascido em 1965, ou seja, no tempo da ainda existente URSS  e da Guerra Fria (1945-1990) e que teve sua formação em São Petersburgo. 

Lavatory Lovestory

Dados técnicos:
Diretor/Produtor – Konstantin E. Bronzit
País – Rússia.
Ano – 2006.
Tempo – 00: 10:00




No início essa animação procura mostrar o cotidiano de algum local na Rússia com pessoas andando de um lado a outro e algumas freqüentando um banheiro público. No cuidado desse espaço está uma funcionária entretida com a leitura de um jornal que fala sobre mulher e alguns dos sonhos femininos... Entre seus inúmeros afazeres como cuidar da limpeza e higiene do local ela mistura trechos de artigos  lidos no magazine sobre comportamento feminino e suas obrigações como lavar e escovar o chão do banheiro, e aí ela viaja...
De repente algumas flores colocadas num vidro ‘assustam’ a funcionária do local em razão das expressões faciais sizudas da maioria dos frequentadores do local. Quem seria o gentil cavalheiro das flores de cores rosa, amarela, azul e vermelha?
É assistir pra descobrir. É ver o (des)enlace do sentimento humano e as mudanças que provoca.

Desenho belíssimo que mostra os sonhos humanos de forma singela...

segunda-feira, 6 de julho de 2015

SARAH COX

                                                Sarah Cox ganhou o Troféu ANIMA MUNDI 2012 (Foto: Oswaldo Reis)

Sarah Cox começou seus estudos em animação na escola politécnica de Liverpool, em 1986. Tornou-se  Mestre pelo Royal College of Art de Londres  em 1992 e nessa década dedicou-se, entre um e outro trabalho autoral, a dirigir animações comerciais e ao ensino, na Inglaterra e nos estados Unidos. Depois de entrar na produtora Picasso Pictures em 1994, onde ficou por quase dez anos, Sarah abriu com Sally Arthur, em 2002, a ArthurCox. Desde a fundação a produtora vem se solidificando como lançadora de diretores e animadores premiados.
Como diretora, Sarah Cox levou prêmios pelos curtas “3 ways to go” (melhor filme com menos de dez minutos no Britsh Animation Awards 1997), “Plain Pleasures” (Pomba de Prata no Festival Dok Leipzig 2001) e “Don’t let it unravel” (um dos finalistas em Cannes em 2008 e que faturou, entre muitos outros, o New York Children’s Film Festival).
Paralelamente, Sarah é freqüente colaboradora da Aardman Animations, para quem dirigiu o “The itch of the golden nit” (tradução: Coceira de lêndea dourada), que foi criado coletivamente por 34 mil crianças do Reino Unido – projeto aberto a toda comunidade - que, via website e com a mediação de animadores, desenharam personagens e conduziram enredo, roteiro e música. Todo o processo dessa obra, da concepção inicial ao produto final, demorou seis anos (Fonte: Catálogo AnimaMundi 2012, p. 34). 

                                                 Dica de vídeo: Arthur Cox Ltd 2009 Showreel. 


sexta-feira, 3 de julho de 2015

Don’t let it unravel.

Dados técnicos:
Diretor/Produtor – Sarah Cox
País – Inglaterra.
Ano – 2008.
Tempo – 00:2:27


O que está sobrando da natureza? Ou como estamos cuidando (ou deixando) a casa de nossa espécie que a Terra? Essa obra belíssima da produtora britânica ArthurCox e dirigida por Sarah Cox é uma chamada de atenção e uma crítica forte sobre o(s) (des)caminhos que  o homem está levando o planeta. A mensagem entendida por nós é: estamos desfiando o planeta e tudo que nele existe. É bom olharmos com atenção essa obra e quem sabe ousarmos um pouco mais em tentarmos buscar as causas das conseqüências apresentadas na animação...